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A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

Pequenos Nadas

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Vasculhou sem querer. Abrigou-se nas palavras certas. Lavou a vista na água a rebentar por trás dos olhos dela.   O caminho ali, para um passo errado. Finalmente havia encontrado alguém para aquecer as vontades e expulsar o desânimo. O corpo tremeu e derreteu-se o gelo da resistência. Não escrevia porque não tinha jeito. Porque senão escreveria um beijo, pois um beijo escrito ainda podia valer por muitos, e ser bem mais leve na consciência. O tempo era escasso e passou a ser uma muralha levantada á sua frente. Há coisas que não deveria querer. Ela era uma delas, emoção doce e amargo veneno. Nesta existência imprevisivel correr pode ser um desafio. Principalmente quando não se sabe se as pernas vão a tempo de saltar. Imagina como as coisas são. São como não podiam ser. Pequenos nadas feitos de tudo, em quantidades instáveis. E vêm e vão, e nunca chegam para ficar, nem para partir de vez.

Um Sopro Na Minha Vida

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Num sopro único mostraste-te ao mundo. Fecundaram-se as raízes deste novo tempo. O corpo da mãe trouxe-te a sorrir. Foste moldado com ferramentas preciosas. Em troca lapidaste-me todos os medos e sentimentos inconcretos. E vi surgir na tua vida, a minha nova vida a trilhar outro rumo. Aquele dos bichos silvestres e livres. Do sol forte e das cores de um novo dia. Já posso ver-te a desenhar a vida com novas formas. Salpicada com a alegria de menino. E a sabedoria de uma nova velha alma. Que prepara a mãe para uma nova aventura. Mesmo antes de te ver, amei-te com a doçura do inexplicável. Dormiste nos braços das estrelas, para acordares na ternura do meu pequeno grande abraço. Bem vindo!

Sem Palavras

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Lady Gaga deixa sem palavras todos aqueles que dizem que ela não tem voz. A Madonna encontrou substituta. http://www.youtube.com/watch?v=_7HvURBhMGE Speechless I can't believe what you said to me Last night when we were alone You threw your hands up Baby, you gave up, you gave up I can't believe how you looked at me With your James Dean glossy eyes In your tight jeans with your long hair And your cigarette stained lies Could we fix you if you broke? And is your punch line just a joke? I'll never talk again Oh, boy, you've left me speechless You've left me speechless, so speechless I'll never love again Oh, boy, you've left me speechless You've left me speechless, so speechless I can't believe how you slurred at me With your half wired broken jaw You popped my heart seams On my bubble dreams, bubble dreams I can't believe how you looked at me With your Johnnie Walker eyes He's gonna get you and after he's through

Estado de Tempo

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Talvez o tempo não deve ser perseguido, mas sim, moldado. Cada vez acredito mais de que não se deve esperar um momento propício, mas criar esse momento que já existe em nós de forma natural. Haverá sempre um chamamento, que muitas vezes num abraço terno nos deixa na dúvida se é uma despedida ou não. Há sempre um tempo que não passa. Que entra a sonhar por dentro do sonho, e não se sabe se saiu da cabeça ou espreitou na pequena janela do coração. Poderá o tempo ser corrigido? Ou entrará nos nossos olhos como água em terra seca? Este estado de tempo ás vezes confunde-me. O melhor mesmo, é ocupá-lo  para evitar avarias. Já Nicolas Boileau um dia segredou: "Depressa: o tempo foge e arrasta-nos consigo, e o momento em que falo já está longe de mim."

Para Os Apressados

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Também eu faço parte dos apressados e não devia. O melhor mesmo é seguir o conselho de Fernando Pessoa e deixarmos de viver vadios da nossa realidade. Ele escreveu  estrondosamente sobre este assunto: " Não tenho pressa. Pressa para quê? Não têm pressa o sol e a lua: estão certos. Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas. Ou que dando um pulo, salta por cima da sombra. Não; não sei ter pressa. Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega- Nem um centimetro mais longe. Toco só onde toco, não aonde penso. Só me posso sentar onde estou. E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras. Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa. E vivemos vadios da nossa realidade. E estamos fora dela porque estamos aqui." Poemas inconjuntos - Alberto Caeiro