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A mostrar mensagens de janeiro, 2011

Às vezes é necessário

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Romper uma vida. Descoser costuras e deixá-las caír sem embaraço. Desligar um botão qualquer. Antes romper que estrangular. Afinal a  afeição, deve ser sempre um processo lento para não nos pregar uma partida sem hora marcada. As desilusões domésticas têm o seu tempo. Agustina Bessa-Luís diz que as desilusões se transformam em cicatrizes que vão desaparecendo com o passar dos anos. E que é por isso é que nos velhos casais há uma recordação da vida em comum que se assemelha à santidade. Contam peripécias leves e dão ao passado um colorido quase caricato pela força do distanciamento em que se encontram. A verdade é que sofreram os mesmos desenganos e turbulências que hoje arrumamos, e pomos de lado sem darmos tempo de se transformarem em recalques. É uma explicação real, que normalmente não queremos pensar mas é necessária.

Xiuuuuuuu

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Ainda não aprendi  a carregar no telecomando e fechar a boca num segundo. Não suporto injustiças. Escancaro a boca, porque os olhos estão a ver o que não querem, e o coração a sentir o que não devia. Não consigo fingir que gosto quando não gosto e não consigo ficar calada. Dado isto e pelo andar da carruagem qualquer dia perco a voz.

A minha loucura

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Sempre os sapatos. Será que a combinação de dois cromossomas x resulta numa predisposição genética para adorar sapatos?

Magia Pura

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Tenho Orgulho De Ti

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Olho-te nos olhos. Vejo tantas qualidades que afiei sem querer. Tantas, que deixei de saber contar. Tenho orgulho de ti, a maior dádiva que recebi. Ès um tesouro que encontrei num caminho qualquer que trilhei. Tenho orgulho das tuas conquistas. Das grandes e das pequenas. Dás-me o orgulho bom. Aquele que me faz reconhecer as coisas bonitas que tenho por perto. Aquele orgulho, que me impulsiona a trabalhar mais em busca da realização dos teus sonhos. E agora cada vez mais, já és dono de ti. Queria ter-te sempre a meu lado filho. Mas todos seremos histórias do passado. Mas és e serás sempre a minha maior verdade. Conforta-me saber que irás lutar sempre por ter alma de criança. Amo-te meu anjo.

Acne Sentimental

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Atravessamos a vida com o consolo de um veneno qualquer que nos sustêm a urgência dos sentimentos. Apetece-me trocar os meus melhores cromos por uma colecção de sonhos lunares. Atrai-me o outro lado da vida. O que está para lá do mar. Alguma coisa perfeita. Um dia que tenha uma manhã com muito orvalho. Que cheire a âmbar, a baunilha e a mel. J osé Saraiva disse um dia e com toda a razão, que é melhor que isto se estrague mais um bocadinho, para ver se as pessoas têm mais tempo para olhar para os outros.

Saberás ler nas entrelinhas?

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As cartas que não te escrevi. Estão guardadas nas minhas entranhas. Misturadas com o sangue que o coração teima em largar nas batidas mais fortes.  Sem tradução para lá das palavras. Sempre estiveram em mim e talvez em ti. Disputam um lugar na gaveta vazia de uma memória. Valem-me os dedos para embalar as crianças e escrever. E dentes para roer a solidão. Eu escrevo-te. Antes que a morte se aproxime, escrevo-te. Nas ruas, nos barcos, na cama, Com amor, com ódio, ao sol, à chuva. De noite, de dia, triste, alegre, escrevo-te. Cartas. Que jamais receberás. Saberás ler nas entrelinhas?

Não sou Bailarina

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Danço sozinha e brinco às escondidas com os teus olhos. O meu corpo rente ao chão. Abandono ao critério de Deus, os passos para estes pés cansados. Braços abertos para o imprevisivel. E aperto o mundo contra o destino. Não danço nem bailo. Ando na chuva. Na adversidade e na alegria. E milagre: quando danço á chuva a tempestade passa. Uma coisa é certa: As grandes tempestades não duram muito, mas as grandes felicidades também não são eternas.

Aposto na simplicidade

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Vivemos de forma mesquinha e atrofiada. Como formigas. Ainda que a fábula nos relate que há muito tempo atrás fomos transformados em homens. Como os pigmeus, lutamos com gruas e é erro sobre erro, remendo sobre remendo. Um homem simples dificilmente precisa de contar para além dos seus dez dedos das mãos, acrescentando, em caso extremo, os seus dez dedos dos pés, e o resto que se amontoe. Simplicidade, simplicidade, simplicidade. Henry Thoreau disse um dia e com toda a razão: "Ocupai-vos de dois ou três afazeres, e não de cem ou mil. Contai meia dúzia em vez de um milhão. Tomai nota das receitas e despesas na ponta do polegar. A meio do agitado mar da vida civilizada, tantas são as nuvens, as tempestades, as areias movediças, tantos são os mil e um imprevistos a ser levados em conta, que para não se afundar, para não ir a pique antes de chegar ao porto, um homem tem de ser um grande calculista para lograr êxito." Simplificar, simplificar, simplificar é o segredo.

Afinal o que conta

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São os escassos minutos em que se esquece a falta de tempo.

Eu também aprendi com William Shakespeare

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Que ignorar os factos não os altera. O amor, e não o tempo, é o que cura todas as feridas. Ninguém é perfeito até nos apaixonarmos. Que a vida é dura, mas eu sou ainda mais. Que as oportunidades nunca são perdidas, porque alguém vai aproveitar o que nós perdemos. Quando a vida se torna amarga, a felicidade atraca noutro lugar. Aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito. Eu aprendi e bem, que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer. (Boa noite , Amor )

Haja O Que Houver

Amar-te-ei até ao dia da minha morte.