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A mostrar mensagens de outubro, 2013

Emoção

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Esse cavalo selvagem, que correu destino acima, sem que ninguém mais o visse. Pele morta dos dias passados. Montanha de emoções, hoje russa. Vontade inflamada de sensações ausentes. Nada mais deprimente do que estar fechado em si mesmo. Alberto Caeiro já escrevia: "Preciso despir-me do que aprendi.  Desencaixotar minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu.  Uma aprendizagem de desaprendizagem."

É estranho ver

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Como as pessoas descartam a vida num ápice. Despedem-se das mulheres e dos filhos como quem volta ao final do dia. Mesmo, não sabendo muito bem o que isso significa. Mas é para mudar, muda-se, e depois logo se vê. As pessoas atropelam as vidas, porque está na moda ser feliz e mostrar sorrisos. O que está a dar é ser disponível. Não queimar a barriga de volta do fogão e da febre dos filhos que atropela as noites. Cuidar do cuidado é palavra de ordem. Seja o que for, é o que se tem. 

Resta-me apenas

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Uma gratidão a quem me amou. Mas é uma gratidão abstracta, pasmada, mais de inteligência do que de qualquer emoção. Tenho pena que alguém tivesse tido pena por minha causa, é disso que tenho pena e não tenho pena de mais nada. Fernando Pessoa Livro do desassossego

O mal da familia

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É a facilidade em desrespeitar a falta de tempo. Acreditar que as relações dão dados adquiridos. E que todos mandam a seu grosso modo. Que conquistar e agradar é só fora de portas. Que o espaço e tempo é delegado. Como dizia Miguel Esteves Cardoso: "É pensar que aquele amor já é assunto arrumado."