Realçou que não queria viver até aos 100. E quando se tem 100 anos começamos a ser uma espécie de curiosidade porco-espinho") e que estava zangado com o seu corpo, confessando que desde a operação aos intestinos, em 1988, o tempo custava mais a passar. Mas considerava-se uma pessoa feliz porque a quebra era só física. A morte não o assustava: "Penso que a morte não será muito desagradável, a não ser que se sintam dores. A pessoa deixou de sentir e, serenamente, entra no vago. De um modo geral, não tenho medo da morte." Nunca deixou de trabalhar e reformar-se não estava nos seus planos: "A minha reforma será o dia em que vier publicado o meu retrato com uma cruz no jornal." Eu acrescentaria: Digno de uma História consciente José Hermano Saraiva