A erva daninha que atacou a raiz da minha flor morreu hoje. Atacou todo jardim onde estive plantada anos a fio. Sugou toda a água e foi-me tirando a vida assim de repente. Foi crescendo, verde e viçosa a atacar pelo meio das minhas folhagens sem ser vista, escondida cá em baixo. E de repente passou alguém, assim, inesperado e viu uma flor rara, única. Mas sentiu-a doente, amarela. Espreitou a terra seca, a morrer de sede, abriu as folhagens e viu a erva daninha já enorme a consumir tudo á volta, a comer os ultimos sinais vitais da flor. Num impulso puxou a erva daninha, com tanta, tanta força, que os dedos deitaram sangue num ardor sem fim. A seguir atirou uma semente. Hoje existe um jardim imenso em pleno inverno.