Não Sou Eu


Como é já não ser quem sempre fui?
Como é quebrar as regras de jogos que nunca quis entrar?
Como é amar assim sem mais nem menos?
Como é não ver com os meus olhos?
Como é só ver luz forte a ofuscar?
Como é mutilar-me assim?
Como prender as saudades a assaltarem-me o peito?
Estou perdida aqui por dentro.
A culpa é desta vontade desmedida que me algema os pés e as mãos.
A culpa é sómente minha.
Como é ter o corpo queimado com a lembrança do fogo que ardeu no teu?
Tenho saudades de mim.
Quero- me a mim.
Sózinha, forte, sempre a avançar.
Não me encontro.
Não tenho soluções.
Não me quero ver com outros olhos.
Estou parada agora no momento da despedida de mim própria.
Devolve-me o coração por favor.

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