A Fatalidade do Não
A palavra de que eu gosto mais é não.
Chega sempre um momento na nossa vida, em que é necessário dizer não.
O não, é a única coisa efectivamente transformadora, que nega o status quo.
Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade.
É o momento em que é necessário dizer não.
A fatalidade do não - ou a nossa própria fatalidade - é que não há nenhum não que não se converta em sim. Ele é absorvido e temos que viver mais um tempo com o sim.
José Saramago, in 'Folha de S. Paulo (1991)'
Chega sempre um momento na nossa vida, em que é necessário dizer não.
O não, é a única coisa efectivamente transformadora, que nega o status quo.
Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade.
É o momento em que é necessário dizer não.
A fatalidade do não - ou a nossa própria fatalidade - é que não há nenhum não que não se converta em sim. Ele é absorvido e temos que viver mais um tempo com o sim.
José Saramago, in 'Folha de S. Paulo (1991)'
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