Mundos




Sangrou dos dedos porque o coração fraquejou.
Algo inesperado a arranhou nas mãos com o lado mais àspero de um mundo partido em dois.
Fícou com o lado do mundo rico em imaginação, privado da realidade de outrora.
Contou a percentagem de tempo que dedicou a pensamentos perversos, a fugas e sonhos, e foi bem mais que a metade do mundo que lhe sobrou.
E pensou  que os mundos não acabam, as pessoas é que acabam com eles.
Viram-lhes as costas e põe-nos de castigo.
Olhou novamente para o mundo que o destino lhe deixou.
E viu-o cheio de uma infinidade de absurdos que nem sequer precisavam de parecer verosímeis porque eram verdadeiros.
Desfigurou-se e não voltou a ser quem era.
Sentiu as entranhas a arder na tentativa de sacudir a tristeza.
Sempre preferiu as quedas repentinas.
E foi aqui que entrou o seu amor.
O mundo inteiro vazio, continua lá.
Já dizia George Santayana:
"O mundo é uma caricatura perpétua de si mesmo; e a cada momento ele é a contradição do que pretende ser"

Comentários

wladir disse…
Oi queria que conhecesse o meu blog que acredito que você vai gostar.

Obrigado, um abraço.

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