Aquele foi apenas o primeiro dia, em que a minha infância brincou ás escondidas com as melhores memórias. E jogou à cabra cega com a inocência. Mochila nova às costas, tranças pretas no cabelo alinhado, caminhei ao lado da minha mãe. O coração com uma mão cheia de curiosidade e de receios. Sentei-me numa carteira em madeira escura, bem perto daquela menina que dividiu amizade comigo. A professora Arlete, distribuía sorrisos animadores e falava com olhos alegres na tentativa de afugentar os nossos medos. Da minha mãe recebi um beijo mais demorado. E enchi a sala com um mar salgado de lagrimas. Hoje o meu filho disse-me que a escola era a cidade das crianças. Também ele chorou no primeiro dia. Devia ter percebido que as lágrimas, eram a primeira semente desta alegria que partilhámos hoje, e para o resto das nossas vidas. .