A Sensibilidade Única

Agora que tive tempo de apreciar Frida, descobri vários porquês e várias coincidências.
Em resumo, a sua vida e obra foram profundamente marcadas pelo acidente que ela sofreu aos dezoito anos.
Grande parte da obra de Frida é composta por auto-retratos em que ela reelabora expressivamente o seu sofrimento e a sua paixão.
Como se sabe, em 1925, num choque no autocarro em que viajava , Frida Kahlo teve a região da pélvis trespassada por uma barra de ferro que lhe rasgou a coluna vertebral em três na região lombar, além de fracturar vários outros ossos.
Essa fatalidade mudou completamente o curso de sua existência, fazendo com que fosse abandonado seu projecto de ser médica.
Como agravante, ela foi informada de que jamais poderia ter filhos através de parto normal, recebendo a recomendação de não engravidar.
Frida ensinou muitas lições.
Ensinou que a vida, mesmo sofrida, merece ser vivida.
Ela eternizou e externizou as suas dores e conflitos, e foi isso que fez dela quem é.
Ela queria trazer todas as chagas do mundo dentro de si, e acredito que era mesmo assim.
As pessoas indentificam-se com Frida pelo seu sofrimento.
Arte é isso.
É amargo e ao mesmo tempo cheio de ternura.
''Pinto-me a mim própria porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''
''Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?"
Frida Kahlo

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