De cruz as costas

Andamos todos.
Com a lucidez que o vento traz, vão-se embora os consolos.
Dos sonhos ficamos órfãos.
Cada um entregue ao peso de uma cruz que se carrega sem destino.
Estagnados nos dias reles de trabalho e obrigações, vamo-nos diminuindo.
Vai-se vivendo num desconsolo permitido.
Somos sempre outra coisa que não nós, uma espécie de raça a chegar ao fim abraçada a uma vida que nunca chega.

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