Dos Germes Que Chegam Sem Convite


Gosto de receber as visitas que eu convido. 
Receber visitas indesejáveis que não conhecemos de lado nenhum, a amiga de, a mãe da outra, o marido de, o irmão de, a filha de, a avozinha de…JESUS!!! 
Chegam, sem preocupações nem cerimônias.
Começam logo por fazer da W.C da nossa casa, a casa de banho pública, do nosso frigorifico o serviço de take way e ainda reclamam em jeito de brincadeira se não temos um Icea Tea fresquinho.

De repente a nossa piscina, transforma-se num lago de dejectos expelidos a cada minuto, já para não falar dos miúdos que trazem para nossas casas, com as cabeças cheias de piolhos dançantes sem aviso prévio.

Uma pessoa é educada, não tem o que fazer a não ser cruzar e descruzar as pernas, tentar desvalorizar a invasão campal.

Mas, qual o quê!, assim que se faz uma pausa para respirar,  aproveitam o descanso do nosso diafragma, e continuam firmes nas solicitações de toalhas lavadas, bikinis que não trouxeram, e afins.

Último recurso -  vai-se até à cozinha, põe-se uma vassoura virada para cima atrás da porta e atira-se com os olhos fechados, e muita esperança, três pitadas de sal, implorando que aquela cambada vá perturbar outra freguesia,a casinha e a paciência de quem trouxe a gentalha atrás. 

Mas, como a desgraça é pouca, os ilustres visitantes vão ficando para lanchar, e se deixássemos talvez jantar.

Chama-se a isto germes Invasores da nossa privacidade.

Eu não visito desconhecidos. Ninguém que não seja o meu irmão, irmãs, mãe ou pai. E quando se tratam de amigos a visita é sempre com convite.

É caso para dizer: Senhor perdoai! Não sabem o que fazem!

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