Só Para Que Saibas
As memórias de criança, andam
por aqui, numa correria desenfreada.
Como se de repente, a infância, fosse
outra pessoa que fugiu de nós.
Há sempre, um nascer do sol, no
mesmo sítio, à hora que mais conta de uma vida.
A essência dos anos, o que
vem, e o que foi.
Iguais, por vezes os sonhos.
Iguais, decerto as recordações.
A vida separou-nos.
Cada um, com
a sua cela, nesta imensa prisão.
O coração, que se debate
aflito.
Apetece fugir, mas ninguém foge.
Agora sei estas coisas, de
uma forma que não me pertence, como se as tivesse roubado.
Deixem-me ser feliz.
A infância está perdida, mas a vida ainda não.
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