Amor Amargo


Mal se conheceram inauguraram a palavra sentir.
Apanharam as contas caídas que rolavam perdidas numa rua qualquer.
Atiraram um sorriso de boca para boca.
E o olhar desfocado viu nitido.
Abriram a casa da verdade, modesta, o eterno abrigo.
Partilharam vivências escrupulosas e quiseram fugir dos males do mundo.
Juntos, não mais que a correcção do erro.
Derrotaram a solidão num único olhar.
Abraçaram sem saber uma tarefa fértil.
E entraram numa grande festa.
Perguntei se me amas amigo?
O teu lábio foi lento a confessar-se.
E essa doce pergunta minha, ajudou ao sim furtivo que levas-te contigo.
Mas também, só querias partilhar a sede desta alegria, por mais amarga que ainda nos pareça.






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