A Crise

Esta crise parece que veio para ficar.
A crise dos afectos.
Dos abraços e dos colos desajeitados.
Como o desapego das flores brancas presas nos cabelos soltos.
Os homens já nem cegam pelos olhos.
As aparências da competência sempre ocultam os tesouros da sensibilidade.
Um abraço que nunca vem.
Como se as mordaças tornassem o mundo mais azul  e as línguas beijassem melhor.
Apenas restam corações moídos por paragens frequentes.
Vive-se na luz ténue de um sol empalhado.
E um simples abraço pode desafiar o meu sentido de gravidade.

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