Tenho pena de ti
Desses teus olhos,
acanhados e mortiços, mareados
de esperanças gastas.
Na tua colecção de miniaturas, quantas peças não encaixaste?
O sol foi-se, o asfalto ainda queima, os nervos fervem, e encontras
sempre o mesmo muro.
Uma fria e descabida tristeza, sempre aparece.
Sabes uma coisa? Lembras-me um sonho a esquecer.
Tu ainda não sabes, mas como era, já não é.
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