As Malhas Que A Memória Tece


Ainda me lembro de quando olhava para trás, e todo o meu passado era a minha infância.
Depois, a criança que fui, foi diminuindo, diminuindo, encolhendo, como se eu me afastasse no carro e ela ficasse no passeio a dizer-me adeus.
A criança ficou para trás, e eu perdida numa máquina de tempo apressada.
Uma viagem a avançar pela vida fora, com o cordão umbilical cortado para sempre.
Porque criança só se é uma única vez.
Não há regresso possível.
Como Carlos Drummond disse:
"Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons."

Comentários

Brottas disse…
a foto ta assim qualquer coisa de fantástico... eu ainda não sinto essa parte de me ter esquecido da infância espero nunca o sentir...
20 de maio de 2009 às 12:51
AnaP. disse…
"Tudo o que chega, sempre chega, por alguma razão". Fernando Pessoa
20 de maio de 2009 às 16:15
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