A Perigosa Normose


Assaltou-me hoje uma dúvida em plena acção de formação.
Ser normal pode não ser normal?
Ser normal já não chega?
Treinar um sorriso frente ao espelho para parecer simpática?
Simular uma postura e um comportamento não natural e fingir que sou eu?
Achar belo e equilibrado uma pele que não enruga?
Ter centenas de amigos desconhecidos na internet?
Ir aos restaurantes da moda porque todos vão?
Angustiante não?
Normose pode ser o nome da doença, com a qual me querem contaminar.
Não mais que a angústia de ter que ser o que esperam de mim.
Mas eu nunca me esqueço que as pessoas que marcam a diferença, não são aquelas que simulam comportamentos para se elevarem.
São as que quebraram algumas regras, e na sua normalidade fizeram um caminho novo.
Quem olha por si e para dentro das suas próprias entranhas é mais autêntico, mais normal e feliz.
E aqui sim, marca a diferença e a originalidade.
Dou aqui o exemplo, de que ninguém quer ser um canalizador brilhante, mas um doutorado mesmo que no desemprego.
Porque o que realmente conta, não é a preocupação em usar uma camisola, mas sim em suar dentro dela.
Já dizia Aldous Huxley:
"Há, em arte, simplicidades muito mais difíceis que as mais intrincadas complicações."
Já tenho a vacina contra a normose.

Comentários

Flor disse…
Eu sempre fui um bocado fora do normal!!! E gosto! Se já passei mal por causa disso? ja! Mas passado duas semanas quem criticou andava a tentar imitar!

=)

*

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