Estado Liquido


No meio do pânico, apertaram mais o suor das mãos.
Braços a escorregar em braços, para o prolongamento do amor.
Nús.
Beijos quentes que se encontraram no céu da boca.
Lama na pele.
Unhas a arranhar o coração.
Olhos com dentes.
Corpos liquidos frente a frente.
Reconheceram-se sem os olhos.
Na espera incompleta de se tornarem sonho.
E deram as mãos no meio do incêndio.
Contrariando Nietzsche, há alturas em que o melhor é envolver a vida com o celofane do desejo e deixar pender a lingua ensalivada que nem um cão.
Porque Deus pôs na carne um pouco de céu.

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