Muletas, uma espécie de toxicodependência

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Conhecem aquelas pessoas que para viverem, precisam que alguém as movimente, que esteja ali disponível 24 horas por dia, porque sem isso, a vida própria é vazia?
E o que é que as muletas, têm a ver com dependência?
Deixam de distinguir as próprias pernas, das muletas que utilizam.
A pessoa passa a depender dos “apoios”, e perde oportunidades incríveis de viver com autonomia, a liberdade de ser, e fazer o que realmente gosta, e principalmente a auto estima em sentir que é capaz.
A insegurança, o medo de errar, a dificuldade de tomar decisões por conta própria, e principalmente o medo de se tornar responsável por si mesmo, alimenta este “ uso indevido de muletas”.
Este é o tipo de pessoas, que precisam estar constantemente a trocar mensagens no telemóvel para se sentirem conectadas, a falar seja lá o que for.
Muitas pessoas, infelizmente, não descobriram o prazer de usufruir da sua própria companhia.
Preferem estar rodeadas por pessoas fantoches, que estão programadas para servir.
A ironia disto tudo, é que a grande massa que destila tanta impessoalidade, é a mesma que precisa de muletas emocionais, sejam elas para reforçar o ego de quem as necessita, seja para sentir que têm alguém por perto, para ser parte de alguma coisa.
Não seria melhor, fugir da carência contemporânea?
Harold Roupp, já dizia que “quando surge algum problema, algumas pessoas criam asas, outras, compram muletas.”

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