Adivinha


Não te peço perdão se te amar de repente.
É amor?
Ternura desmedida em contagem crescente.
Afecto que se cola aos beijos de uma boca inquieta.
É sentir com?
Nem sentir contra, nem sentir para, apenas sentir.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, a distância e as impossibilidades.
Não se espera o desespero das lágrimas.
Nem o fascinio das promessas.
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma.
É um sossego.
A paz com o coração e as mãos a transbordar de carícias.
Abraços distribuidos de todas as maneiras.
Só peço que me deixes assim.
Quieta, muito quieta.
Que as mãos da fatalidade não voltem a encontrar-me.
Que mantenha o meu olhar estático, sem sobressaltos a ferirem-me a vista.
E a vitória de um dia acertar na adivinha da vida real.

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