Um Segredo Que Devia Ser De Todos
Este segredo, até podia ser daquela gente que passa apressada a toda a hora.
Era bem mais fácil galgarem as ribanceiras com vista para o destino a entrar-lhes pela manhã.
Talvez pudesse revelar-lhes o que trago resguardado no peito.
Se desejar fosse ser, aprenderiam a viver.
A alma já não chorava, porque o coração dorido partiria para o estrangeiro para uma cura milagrosa.
Saberiam que se pode viver de qualquer maneira, e tudo pode acabar num sentido único.
Descobririam o atalho para o percurso longo pisado em lentidão.
Talvez consiga recortar-lhes os sorrisos e as vidas mal vividas.
Era bem mais fácil galgarem as ribanceiras com vista para o destino a entrar-lhes pela manhã.
Talvez pudesse revelar-lhes o que trago resguardado no peito.
Se desejar fosse ser, aprenderiam a viver.
A alma já não chorava, porque o coração dorido partiria para o estrangeiro para uma cura milagrosa.
Saberiam que se pode viver de qualquer maneira, e tudo pode acabar num sentido único.
Descobririam o atalho para o percurso longo pisado em lentidão.
Talvez consiga recortar-lhes os sorrisos e as vidas mal vividas.
E beber a água dos olhos desta gente triste.
Lançar os segredos ao ar, e ver a correria de uma multidão descontrolada para os apanhar.
Passar receitas de ternura para os males da indiferença.
Depositar a esperança naquelas mãos mortas.
E alongar as sombras dos corpos para que não sejam sózinhos.
Soltar os pássaros dos peitos fechados nas gaiolas das vidas encerradas.
Bater forte com a saudade morta na dor dos solitários.
Fechar os semáforos para os que nunca pararam.
Ver os autocarros apinhados de gente a gritar de vontade, com pressa para irem para a casa a correr.
Se eu revelar o segredo será que a dor partilhada por todos dói menos?
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