KÉOPS - O Prisioneiro


Ponho o olhar a correr para ver se não se cansa.
Apanho um sopro de intuição.
Um abismo?
Nada como saltar.
Experimentar.
A perspectiva da existência perante ela própria.
O olhar nú sobre o existir.
Sensações.
O absurdo.
A saída.
Procurar as janelas.
Só elas têm o poder de deixar espreitar para o outro lado.
Será possivel traçar entre elas uma única linha recta?
Poderei apostar na influência do que vejo fora de mim?
Apetecia-me ver agora um filme a preto e branco.
Um filme mudo? Talvez.
O filme podia ter o titulo Kéops - que significa protegido por Deus.
Talvez me emprestasse ao coração um pouco da liberdade divina.


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