Os venenos da vida correm nas mãos de quem mais amamos e os grandes remédios de meros desconhecidos.
Interiorizemos esta cruel realidade.
O pensar em forma de escrita é um bom remédio para os males do mundo interior.
Não ter medo de olhar para dentro de nós próprios.
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Se as mensagens dos pacotes que abres para o café, chegassem ao topo do teu coração, como o açucar chega ás minhas ancas, já me tinhas consumido.
Não sou de choro fácil, mas um composto cujas moléculas, contêm as instruções genéticas, que coordenam o funcionamento da tua vida, comove-me. Não preciso de achar o desenho do teu ADN, para te confirmar de caras, que a nossa estrutura é sólida. Que os teus cromossomas são animados, e que todo tu, és brilho por inteiro. És o amor, às chapadas nas ventas de quem não acredita no amor. Como uma criança, que guarda um caroço de cereja na boca, durante um dia inteiro, eu guardo o ADN do nosso amor, para lá de qualquer tempo, nos braços da eternidade. [suspiro]
Sempre adorei as histórias com gnomos, duendes e anões. O primeiro registo oficial de gnomos na Europa, data do ano de 1200. Nas suas crônicas monásticas, William de Newburg, declarou a existência de "duendes verdes" num condado inglês. A sua difusão irritou o vaticano que converteu o tema numa inédita avalanche de temores e especulações. Em parte, todos somos culpados pela perda quase total do contacto com esse Povo Pequeno, pois deixámos de acreditar no que não é explicável. Perdemos o sentido do mistério e o gosto pela magia. De tanto querer explicar e controlar, ficamos longe da nossa própria infância. Ao temer a dança das fadas, ao invocar a ajuda dos gnomos e anões, recorrer a protecção dos duendes e elfos, não faziamos outra coisa do que projectar no exterior de nós mesmos os sentimentos que nos asfixiavam. Os contos e lendas dos anões e gnomos, são os últimos vestígios da Idade do Ouro, aquele tempo mítico que ainda compreendiamos a linguagem dos pássaros e viamos as
Esta cabeça está tão cheia meu amor. Tão cheia do peso, que o coração de tão pequeno não consegue carregar. Que sonhos tens tu agora? No meio do calor tórrido do deserto? As coisas que tenho apinhadas na cabeça são tantas que se empurram umas ás outras. Como as mulheres fazem na altura dos saldos. Como quem arranja um espaço impensável no metro apinhado, até as portas lhe entalarem os dedos. Como a quem falta o ar no elevador pesado, obrigado a parar antes do piso certo. Há um limite muito ténue na dúvida e na tomada de decisão. Passar o limite é uma questão de um segundo. De uma decisão que se toma ou não. Só nos apercebemos da importância dos nossos actos quando o segundo passou. Desperdiçio ou ganho. O amor não se entrega aos preguiçosos. Entre o seguir a direito numa marcha lenta, ou fazer-se um rápido desvio, jogamos a nossa própria existência. Já dizia Renard: "A Preguiça não é mais que o hábito que se contraiu de descansar antes da fadiga"
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