A Porta
Cada vez que nos encontramos por trás da porta, é que lemos nas entranhas da madeira porque é que ela nunca se fecha.
A campainha desperta-nos os sentidos e alerta-nos para a ausência de fechadura.
A campainha desperta-nos os sentidos e alerta-nos para a ausência de fechadura.
A porta roda no sentido da lua e abre-se para os olhos inquietos.
Esta porta sempre há-de gemer como um cão nocturno.
Como extinta na trela da noite que a solta num dia incerto.
Não é mais que uma maré viva que vem e que vai.
Que bate e que nunca se tranca.
A porta sem sorte que vive entre aberta.
Poderá ser a alma de todas as portas?
Esta porta que te cheira a mulher.
Porta sexo.
Que te abre a vida.
Porta modesta pregada á entrada dos teus sonhos com pregos estrela.
Que a tua manhã nunca fique manchada com o grito da porta enforcada sobre a tua ombreira.
Que esta porta não vá a leilão.
Porque é minha e tua.
Será sempre uma porta bússula.
Esta porta sempre há-de gemer como um cão nocturno.
Como extinta na trela da noite que a solta num dia incerto.
Não é mais que uma maré viva que vem e que vai.
Que bate e que nunca se tranca.
A porta sem sorte que vive entre aberta.
Poderá ser a alma de todas as portas?
Esta porta que te cheira a mulher.
Porta sexo.
Que te abre a vida.
Porta modesta pregada á entrada dos teus sonhos com pregos estrela.
Que a tua manhã nunca fique manchada com o grito da porta enforcada sobre a tua ombreira.
Que esta porta não vá a leilão.
Porque é minha e tua.
Será sempre uma porta bússula.
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