Dona de Tudo


Hoje faço-me dona de tudo e proprietária de nada.
Levanto-me e varro o chão dos obstáculos.
Afasto a cortina da janela, e contemplo a imensidão do dia.
Acredito.
Agarro a vida pelos cabelos.
Faço dela uma experiência única.
Quero fazer a vida feliz.
Arranho o sujo dos seus cantos.
A vida conspira a nosso favor quando se tem a certeza.
O dia está apenas a começar e é todo meu.
Não há nenhuma hora que não consiga adiar que passe.
Desvio os olhos do ponto que me desequilibra.
Estou firme agora.
Como uma árvore presa ao chão de braços abertos para o céu.
Acredita em mim, como crêem na palma das mãos estendidas, os ciganos que lhes lêem as entrelinhas.
Como dizia Tagore:
Sê como a árvore do sândalo, que perfuma até o machado que a corta.

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